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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
A chegada aos EUA e o inglês
Os primeiros passeios pelos EUA causam um verdadeiro choque. Como ainda estamos entusiasmados com a viagem, o “diferente” até que se torna agradável. Tudo é bonito e interessante. As cores, os luminosos, os luxuosos carros, as pontes, as casas, a vegetação, o clima, as roupas …..nossa! São muitas as novidades, tudo fantástico!
Quando tentamos fazer compras em um supermercado, uma farmácia ou um posto de gasolina e ouvimos aquele murmúrio sem nada entender, acredite: bate um desespero. - É impossível entender o que eles falam! – É claro, são americanos! – Ninguém fala português nessa terra? – Será que algum dia vou entender isso? Olha-se rapidamente para o lado a procura do nosso veterano de quem o recém chegado não se distancia mais.
Acredito que o choque do idioma seja o mais difícil, o mais traumático. Toda a alegria em chegar na América, todo o entusiasmo vira nada quando nos sentimos uma formiguinha, um ser que não consegue entender o que o outro diz, completamente incomunicável. É nesse momento que nos damos conta do tamanho dos passos que demos e do quanto teremos de lutar. Percebemos que somos como uma criança de um ano que aprende as primeiras letras, as primeiras palavras. Teremos de nos alfabetizar novamente, aprender a falar de novo e não há como fugir disso.
É difícil conseguir dizer o primeiro – good morning! ou – thank you! Parece que o som não sai, a língua tranca, o americano não entende. A impressão que se tem é de que todos nos olham e divertem-se conosco, mas é essencial tentar falar. Os imigrantes carregam intrínseco um medo deste desconhecido, deste americano. Ele é tão idolatrado no Brasil que chegamos a ter receio dele. Quem será? O que pensa sobre mim? Com o tempo, aliás, com certo tempo, percebemos que ele é um semelhante que tem seus problemas, suas alegrias, mas nunca conseguiremos conviver de forma igual. Somos brasileiros, somos imigrantes.
Nesse tumulto de sentimentos, entre a expectativa de sucesso nesse “país de oportunidades” e o desespero de nada entender, um medo inexplicável toma conta dos brasileiros. Nesses momentos somente o apoio dos que já “se entendem com a terra dos gringos” pode acalmar e transmitir um pouco de segurança.
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